Nada parecia fugaz naquele momento. Todo o medo desapareceu em segundos. Estávamos em sintonia. Pertencia àquele momento em que me fizeste acreditar que nada viria a ser destruído, nem mesmo as minhas altas expectativas das quais tu fizeste (e fazes) parte...
O tempo parou. Sentia-te perto. Tudo estava a ser superado. Toda a imaginação dos últimos dias tinha-se convertido em real e, finalmente, fazia parte de ti.
Sentia cada parte daquele instante. O teu coração acelarado. A tua respiração irregular. A tua postura e aproveitar cada toque, cada deslize. As tuas palavras calorosas. O teu movimento em consonância com o meu.
Nada importava naquele instante. Eras meu. E eu revelava-me tua.
Era tudo um turbilhão de sensações fortes. Ansiedade. Desejo. Confiança. Entrega.
Tudo o que mais queria é que os segundos não voltassem a contar. Cada pedaço de momento era tão espontâneo e verdadeiramente genuíno que apenas desejava poder eternizar cada toque, cada olhar, cada palavra não dita, cada silêncio revelador.
Começava a gostar da ideia de que eras real. E de que o tempo continuava a parar para e por nós.
Volta. Preciso de ti. Quero-te.