sábado, 7 de janeiro de 2012

Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiares-te, e que companhia nem sempre significa segurança ou proximidade. E começas a aprender que beijos não são contratos, tão pouco promessas de amor eterno. Começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e olhos radiantes, com a graça de um adulto – e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos.
Depois de um tempo aprendes que o sol pode queimar se ficarmos expostos a ele durante muito tempo. E aprendes que não importa o quanto te importes: algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e, por isto, precisas de estar sempre disposto a perdoá-la.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que levas um certo tempo para construir a confiança e apenas alguns segundos para destruí-la; e que, num instante, podes fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e que, de fato, os bons e verdadeiros amigos foram a nossa própria família que nos permitiu conhecer. Aprendes que não temos que mudar de amigos: se compreendermos que os amigos mudam (assim como tu), perceberás que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou até coisa alguma, tendo, assim mesmo, bons momentos juntos.
Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida são retiradas de ti muito cedo, ou muito depressa. Por isso é que sempre devemos deixar as pessoas que verdadeiramente amamos com palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa carrega a possibilidade de ser a última vez que as veremos; aprendes que as circunstâncias e os ambientes possuem influência sobre nós, mas somente nós somos responsáveis por nós mesmos; começas a compreender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser.
Descobres que levas muito tempo para te tornares a pessoa que te desejas tornar, e que o tempo é curto. Aprendes que não importa até o ponto onde já chegamos, mas para onde estamos, de facto, a ir – mas, se não sabes para onde estás a ir, qualquer lugar servirá.
Aprendes que: ou controlas os teus actos e temperamento, ou acabarás escravo de ti mesmo, pois eles acabarão por controlá-lo; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada ou frágil seja uma situação, sempre existem dois lados a serem considerados, ou analisados.
Aprendes que heróis são pessoas que foram suficientemente corajosas para fazer o que era necessário fazer, enfrentando as consequências de seus actos. Aprendes que paciência requer muita persistência e prática. Descobres que, algumas vezes, a pessoa que mais esperas que te magoe, poderá ser uma das poucas que te ajudará a levantar. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido: simplesmente o mundo não irá parar para que o possas consertar. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, planta tu mesmo o teu jardim e decora a tua alma – em vez de esperares eternamente que alguém  te traga flores. E  aprendes que, realmente, tudo se pode suportar; que realmente és forte e que podes ir muito mais longe – mesmo após teres pensado não ser capaz. E que realmente a vida tem o seu valor, e, tu, és o próprio e inquestionável valor perante a vida.

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