Quero dizer tanta coisa que me parece tão difícil de expressar. Não consigo encontrar as palavras certas que representem este momento, esta fraqueza. Penso como será possível viver mais para ti do que para mim mesma. Alguém me disse que não pode ser assim e talvez concorde, em parte, que este "poder" que tens sobre mim não é só bom. Não pode ser. "Para saber que tenho um sentimento forte nao preciso de sofrer". Nada me parece ter mais sentido que isto. Talvez seja o caminho certo eu saber que estou a errar ao achar que sou culpada por me sentir feliz. Apercebo-me que isto, estas minhas inseguranças, não me podem afectar porque esta magia toda finalmente chegou e eu vou viver tudo a que tenho direito, à minha maneira e não vou permitir que me magoem e me tentem tirar este sorriso, esta vontade de aproveitar cada segundo.
Cada vez desprezo mais actos egoístas, impulsivos, e completamente desnexos, que me fazem desacreditar em princípios que sempre me pareceram orientadores. Gosto de ter comigo aqueles que me fazem bem, e me querem bem, e partilham comigo a minha felicidade... Mas agora... tudo isso mudou. Vou passar a viver certas coisas para mim, só para mim, e aí não passarás de alguém que torna as coisas excelentes em perfeitas. Podes não conseguir esquecer os teus medos, mas eu vou conseguir esquece-los, por mim, porque neste momento, e sempre, nada mais importa senão eu. Não encaro isto como uma excêntricidade mas uma necessidade de viver só para mim, sem precisar de nada nem ninguém mais para me garantir que, sozinha, serei sempre fiel àquilo que me caracteriza: ser feliz.
Nunca pensei certamente encontrar alguém como tu, mas antes disso, nunca pensei que me tornasse nesta pessoa madura, que por vezes quebra, sim, mas que se erga, e sabe a direcção a tomar. Podes acreditar que, como eu, também nunca encontrarás ninguém. Não só por te dar tudo aquilo que mais ninguém te dá, mas também por fazer de ti alguém. Pensa em como te faço sentir vivo, e único, e especial, e pertencente a alguém. Pois, talvez não seja nítido todas as pequenas coisas que já tive de compreender para que fosses quem és hoje. Se és um Homem, podes agradece-lo a mim, só a mim e, um dia, talvez, entendas que só gostava que me desses um pouco do céu que te dou.
Não vou vacilar mais porque, sinceramente, acho que já perdeste aquela qualidade de seres tu mesmo, apenas tu mesmo, apenas sentires, apenas agires de acordo com aquilo que o meu mundo, eu, te ensinei. Tão pouco me importa que queiras ser assim, ou que te sintas injustiçado, porque neste momento já não importa. Vou dar a mim mesma, aquilo que por vezes não me sabes dar. E podes pensar no passado ou até no futuro, mas eu volto a dizer: eu, eu sou o presente,o agora, o já. De nada me serve o "tudo o que já fiz por ti" ou o "já vivemos tanto". Onde está o reflecto desses momentos passados, quando éramos um, e nada mais importava? Porque me queres fazer acreditar que não passava de uma imagem ficticia na minha cabeça... no meu coração?
Acredita que não sou mais aquela que se submete aos teus medos. Para mim isso acabou, e se queres ter a chance de sentir a verdadeira Joana, luta por isso e deixa de arranjar desculpas para aquilo que não consegues dominar. Não me vais voltar a sentir culpada por ser eu, por ser aquilo que eu quero ser.
Vou deixar de fazer por ser mais e vou passar a fazer por ser apenas eu. Faz sentido? *
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