Depois de tanta chuva, parece que finalmente o céu abriu. Defronto-me num clima de certezas e de pura harmonia comigo mesma e com tudo aquilo que aprendi a anular. Sei que não deveria haver alturas de instabilidade, ou pelo menos a consciência de necessidade dela, mas se tudo aquilo que vivo agora, neste presente actual, é fruto de uma tristeza amarga, então confirma-se: tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Talvez tudo seja fácil de justificar, ou não, mas se vivo isto, se é isto que tudo o resto passado me vai proporcionar, então... aceito o desafio! Sou uma guerreira tudo menos desistente. Talvez seja fácil destacar-me pela minha coragem em não só desistir de mim mesma e dos outros, mas também pelo facto de não permitir que os outros desistam de mim. Nao consigo aceitar a ideia de deixarem de acreditar em mim psicologicamente e também emocionalmente. Sinto que valo a pena para qualquer alguém. Valo a pena conquistar ou deixar-se conquistar.
Somos muitas vezes confrontados com aquilo que não queremos ouvir, nem sentir, mas cabe a cada um de nós saber escolher um dos dois caminhos possíveis: escutar e ficar com dúvidas acerca do que realmente fizemos (ou não); ou ouvir calmamente e termos noção que, as queixas de uns, são aquilo que eles mesmos deviam admitir ser. Ninguém é perfeito, nem se deve meter na tentativa dessa suposta "justificação"/"solução". Isso sim, é perda de tempo, de vida, de autenticidade. E porquê? Porque ser perfeito acaba com todas as tentativas de aprender as lições que a vida nos vai ensinando. Não fazer nada de mal é não aprender e, já por si, é um grande erro e jamais permitirei que eu caia nesta tentação de levar a vida com normalidade, com rotina, com tudo garantido, sem dúvidas, sem fraquezas, sem medos, sem algo de orgulho.
Nem sempre é fácil aceitar que somos um no meio de milhões de pessoas, pessoas essas que desejam o mal aos restantes, que não sabem partilhar o que a felicidade indivudal tem para oferecer e mais... nao aceitam o simples facto de serem inferiores a outros milhões de pessoas. Eu sei destacar-me. Sei representar-me pelo o que eu tenho para dar, pelo que tenho consciência que sou e tenho para distribuir por quem quer o bem, e também por tudo aquilo que vem de mim, só de mim, e não por aquilo que alguém se lembrou de ditar como 'o normal', o 'comum'!
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