segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Não sei como tudo começou... Mas o que é que isso importa?
Não penso em ti hoje como pensava à uns longos meses atrás, mas o sentimento predura.
Não sei o que aconteceu... Mas o que é que isso importa?
Podia mentir e dizer que está tudo bem, mas a verdade é que não está. Ainda tenho dentro de mim um sentimento enorme de raiva e de incompreensão. Acho que ainda estou à espera de uma explicação tua de tudo o que se passou e de tudo o que deixou de existir no nosso mundo, na nossa relação, que para mim era indiscritível de tão fantástica, única e especial que era.
Estaria a mentir se dissesse que tudo isto já não me interessa e que não tem valor para mim, mas sei que agora todos aqueles momentos passados contigo não passam de boas recordações e me poem triste e incompleta por terem acabo tão fugasmente. Tinhamos muito mais para dar.
Sinto saudade... Sim, saudade.
Saudade de tudo aquilo que vivemos juntas. Aquelas conversas, aqueles abraços, aqueles risos, aqueles conselhos, aquelas viagens de carro, aqueles sermões, aqueles minutos perfeitos em que só eu e tu existíamos. Onde estás? Preciso de ti.
Tenho tanto para te dizer, tanta coisa que acho que te quero atirar à cara, tanta maldade (inconsciente) que gostava de expulsar do meu corpo, dizer-te (ainda que o meu orgulho não queira admitir) que o teu desaparecimento me deixou desamparada e um pouco sem sentido.
Não eras apenas mais uma, nunca foste, desde o inicio... E tu sabes disso. Fazes-me sentir que tudo aquilo por que passamos juntas foi apenas "tempo"... tempo passado a libertar palavras bonitas e feias, libertar olhares que desculpavam e ajudam a ultrapassar tudo e claro, aqueles encontros em que um abraço teu dizia tudo... E eu? Esqueceste-te que eu não sou uma criança e que também tenho sentimentos, e que dói saber que deixaste de te preocupar comigo? E mais... esqueceste-te que para mim a confiança é tudo? como podeste ir embora e ter-me deixado aqui sozinha? Não bastava eu saber que não te iria ter por perto? Tinhas mesmo que me deixar sem noticias nenhumas tuas? Sem um telefonema? Sem um email? Nada? Eu não mereço isto. E algo que me ensinaste é que nao devemos desistir, e tu... tu desististes de mim, e eu acho que isso, isso nao conseguirei perdoar.
Gostava de dizer que tens uma segunda oportunidade mas isso é tudo muito banal, muito fútil... para mim és mais que alguém que eu quero que tenha uma 2a oportunidade. Custa-me admitir que tenho saudades, que tenho medos, que te quero aqui, que me quero aí, que quero que estejas de volta e que tudo volte a ser como dantes. Quero poder andar na rua e perguntarem-te quem sou e ouvir a tua voz mágica dizer, "a minha filhota adoptiva". Onde estão estes momentos? Perdeste-os? Mudas-te? Ou... desististes de tudo aquilo que te prendia a portugal apenas por egoísmo, para nao te custar tanto toda esta mudança?
Tu não és assim... sempre enfrentaste os teus problemas, mesmo quando sabias que as consequêncas iriam magoar-te. Mas é assim  que te vejo: forte, esperançosa e como alguém que acredita que o 'querer tem muita força' e que é cada um de nós que tem o poder de mudar as coisas. Volta. Não a tua presença "pequena", o teu cabelo loiro logo reconhecível e os teus "atributos" de que tanto já nos rimos... Mas sim a mulher de quem eu tinha tanto orgulho. A mulher que eu ansiava ver sempre que podesse. A mulher que em que eu acreditava. A mulher que eu via como um exemplo. A mulher a quem eu chamei mãe. A mulher  que sempre esteve ao meu lado. A mulher que me comprava trifens. A mulher com quem eu ria muito. A mulher com quem eu desabafava tudo. A mulher que disfarçava o cheiro a tabaco com perfume. A mulher orgulhosa e teimosa, como eu.
Mais uma vez, onde estás? Que é feito de ti? Não percebes que quero um pedido de desculpas e também uma explicação...?
Sinto que tudo isto nunca aconteceu porque tu nunca poderias magoar-me desta forma... mas depois recordo-me que aos domingos já nao estás comigo e que quando preciso ligar a alguém tu não estás disponível, não estás perto, não estás aqui, não estás comigo, não estás connosco.
Penso ainda muito em ti e acredita que ainda hoje me custa acreditar que tu, tu... provocaste isto dentro de mim, esta mágoa enorme, e este desejo de dizer que já não gosto de ti... Mas não consigo. És muito importante para mim para algum dia dizer que deixei de te adorar. A verdade é que continuo a admirar-te, e sim, continuo a achar-te aquela pessoa maravilhosa a quem eu dizia a toda a gente que eras especial, diferente, não seguias o que os outros faziam e acima de tudo, eras sempre tu e alcançavas tudo o que querias! Continuo a gabar-te ainda que agora seja só para mim.
Lembro-me de dizer àquele rapaz, que um dia disseste para tomar bem conta e que era bom rapaz, que tu já nao existias para mim mas ele sabia que era tão mentira como dizer que não o amava. Continuas a ser tão especial como dantes, mas agora as coisas parecem já não ter o mesmo significado e não são tão perfeitas.
Acho que ainda acredito que um dia vou chegar à missa e vou ver uma cabeça diferente das outras todas e vou a correr abraçar-te... Sonho? não? Desejo, necessidade, desespero? sim
Não vou permitir que me voltes a fazer chorar... que voltes a fazer-me sentir que eu fiz algo de errado quando eu fui a única que não quis desistir de nós. Não vou permitir que me voltes a fazer sentir como alguém mau, frio e que não tem sentimentos. Eu sou eu, e sinto, e mereço respeito, principalmente vindo ti.

Tenho ainda mais 1001 coisas para te dizer, mas neste momento já estou cansada, cansada de saber que talvez isto não sirva de nada... que talvez isto tudo seja uma inutilidade e que tudo vai continuar uma merda entre nós... Mas ensinaste-me a ser sempre verdadeira e é o que eu vou fazer.
Faz-me acreditar que eu fui especial, e que não fui mais uma. Faz-me acreditar que a nossa relação teve para ti, a mesma importância que teve para mim.

Volta, volta depressa. Preciso de ti.
"Sei que te ausentas-te mas adoro-te como se fosses minha mãe"

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